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PATROCÍNIOS


Pranchas Aia sandboards

O projeto tem como objetivo a produção de uma prancha de sandboard, com aperfeiçoamento do produto, explorando materiais e tecnologias utilizadas para a fabricação de pranchas de snowboard.
 II – O conceito

O projeto da prancha para sandboard foi inicialmente orientado para atingir as seguintes funções:
    • Segurança (função ergonômica)
    • Durabilidade (função de uso)
    • Leveza (função de uso)
    • Flexibilidade (função de uso)
Também faz parte do conceito da prancha, a idéia de apropriação de uma tecnologia já existente para uma nova demanda, no caso, a adaptação do binding (suporte para apoio e fixação dos pés) das pranchas de snowboard, para pranchas de sandboard, utilizadas em clima quente, em dunas de areia.

III – Funções Práticas

1.     Funções de uso
O produto tem como função principal a de deslizar em pé, sobre dunas de areia, utilizando apenas a força da gravidade.
Trata-se de um produto desenvolvido para responder a uma nova demanda dos praticantes do esporte, vinculada ao início da profissionalização do sandboard e visando a superação de resultados.  Em especial, o projeto visa desenvolver uma peça para a fixação dos pés, específica para o sandboard, reforçando sua identidade, ampliando seu mercado e tornando-o independente de soluções improvisadas como a adaptação de bindings de snowboard ou uso de fixações caseiras.
O produto tem como função secundária a de ser utilizado como uma pá, no contexto do próprio esporte, visando a construção de rampas de areia, esculpindo a duna para determinadas manobras pretendidas pelo esportista.
2.     Funções operacionais
2.1 – Componentes de montagem
O produto é constituído pelos seguintes componentes:
a.       Prancha.
b.      Suportes para o apoio e fixação dos pés.
c.       Elementos de fixação, compostos por presilhas e parafusos mecânicos.

2.2 – Modo de uso da prancha
A primeira iniciativa do usuário antes de usar a prancha deve ser de ajustar os suportes para o apoio e fixação dos pés em relação às suas medidas e preferências. Dentre estas, destaca-se a preferência pelo uso do pé direito à frente (base goofy) ou do pé esquerdo à frente (base regular). A frente da prancha (nose) é a parte que apresenta curvatura  mais acentuada na extremidade, sendo sinalizada pela imagem estampada na parte central. A prancha oferece as seguintes possibilidades de ajuste:
Ajuste 1 -  Distância da base. É a distância entre as peças de fixação dos pés. Ela determina a distância entre os pés do usuário, ou seja, a abertura da sua perna.. A prancha permite uma variação entre xxx cm e xxx cm para essa distância. Recomenda-se usar uma distância da base igual à altura do pé até o joelho.
Ajuste 2 – Ângulo entre o pé e a prancha. As peças de fixação para os pés tem um disco com espaço para 4 parafusos e marcações correspondentes à divisão de 360° em ângulos de 3°. O usuário deve decidir qual é o ângulo mais confortável para cada um dos pés.
As peças de fixação devem ser parafusadas nas porcas já embutidas na prancha, com suas respectivas arruelas. Antes de parafusar, o usuário deverá remover a palmilha que cobre o disco de fixação. Após parafusar, o usuário deve recolocar a palmilha.
A prancha deve ser usada na areia seca. Para melhorar suas condições de deslizamento é necessário que o usuário passe parafina na base ou sola da prancha (face inferior). Um melhor desempenho pode ser obtido usando uma mistura de parafina com pó de grafite.
O usuário deve usar a prancha descalço ou de meias. Para prender o pé à peça de fixação, ele deve pisar sobre a palmilha e apertar as 3 alças de velcro destinadas a prender o peito do pé, o tornozelo e os dedos. As alças devem ser apertadas de modo firme (não deve ficar frouxo nem apertado em exagero).
Após estes passos, o usuário está pronto para deslizar duna abaixo, com segurança e conforto.
A prancha deve ser guardada limpa de areia e preferencialmente em local coberto, não devendo ficar exposta a intempéries.
3.     Funções informacionais
No atual estágio de desenvolvimento, no caso o protótipo, o produto ainda não apresenta funções informacionais. Entende-se que numa futura produção para o mercado, o produto deverá apresentar algumas informações, como tamanho da prancha, marca do fabricante, modelo, origem, dentre outras.
4.     Funções ergonômicas
Tratando-se de um produto com o qual o usuário mantém contato físico direto, esta relação deve ser considerada do ponto de vista ergonômico.  Nesse sentido a interface com o usuário foi desenvolvida de forma a possibilitar uma variação grande de ajustes para adaptação à diversidade de tipos físicos dos usuários. Os ajustes possíveis dizem respeito a:
- distância entre os pés (abertura da base), que varia de acordo com a estatura e tamanho da perna do usuário;
- possibilidade de variação de 360° no ângulo de posicionamento de cada pé em relação à prancha.
A peça de fixação dos pés apresenta uma função fixa na inclinação do tornozelo, que impõe ao usuário uma posição do joelho semiflexionado, recomendada para a prática do esporte. O projeto da peça de fixação também teve grande preocupação com o conforto do usuário em relação ao contato com a areia e com a própria peça. Nesse sentido, foram desenvolvidos o desenho da palmilha e o revestimento do binding. Em ambos foram empregados uma camada de E.V.A. para amortecer o contato com a rigidez da resina de poliuretano usada na base, e uma camada de neoprene que, com sua propriedade elástica, garante maior adaptação às formas naturais de cada pé. Todo o desenho da peça de fixação teve a preocupação, em relação às condições ambientais de prática do sandboard, de garantir a ventilação dos pés e de impedir o acúmulo de areia no binding.
De modo geral, as funções ergonômicas do produto garantem redução na probabilidade de contusões.
5.     Funções técnicas
5.1 – Tecnológica
A fabricação do produto desenhado envolveu basicamente o uso de processos mecânicos. De forma mais detalhada cada componente do produto foi fabricado com o emprego das seguintes tecnologias:
a)      Prancha.
É uma estrutura mista, com uma peça central de madeira (alma ou core), reforçada por camadas de fibra de aramida (kevlar) e fibra de vidro, aglutinados com resina epóxi.
A peça central  é constituída por lâminas de madeira coladas e prensadas num molde macho e fêmea (molde contra molde), para adquirir a curvatura necessária. Cada lâmina foi composta por tiras de duas qualidades de madeira diferentes (jatobá, para imprimir resistência à peça e amapá para garantir flexibilidade), justapostas e costuradas.
O reforço foi laminado com adição de resina e prensado no mesmo molde da peça central, tornando-a impermeável.
A prancha recebeu ainda um tratamento gráfico executado em silkscreen sobre papel de seda. A inserção da impressão de silk foi feita no processo de laminação da prancha.
b)      Suporte para apoio e fixação dos pés
É constituído por uma estrutura rígida revestida por camada de material macio destinado a amortecer choques e proteger os pés e tornozelos..
A estrutura central foi fundida a frio num molde de silicone, feito a partir de modelo constituído por duas partes: base utilizada em peça de fixação (binding) de snowboard e apoio do tornozelo/proteção do calcanhar, modelado em casca madeira, a partir de um molde macho e fêmea (molde contra molde).
A camada de material macio foi colada e rebitada junto à estrutura central.